terça-feira, 11 de agosto de 2009

19 anos, poesias e reflexões.

Hoje, neste dia frio e “garooso” (derivado de dia com garoa), levantei cedo, e fui para a escolinha onde trabalho. Como as crianças estão de férias prolongadas, devido à gripe suína, nem eu, nem as merendeiras, professoras, diretora, quebra-galhos, fazemos nada por lá. Tirei o dia e o clima, para refletir sobre a vida, ouvir música, comer e tomar chá.

Nesse meio tempo, fiquei pensando que já estou ficando velho (19 anos, já uma idade avançada) e tentando lembrar as melhores, piores e mais divertidas coisas que já aconteceram na minha vida. Lembrei de muita coisa legal, ri sozinho, e inevitávelmente senti saudade de muitas situações.

Chegando em casa, para minha supresa, minha madrasta, minhã irmã e a ajudante do lar, que trabalha em minha humilde residência, estavam fazendo a ‘limpa’ no meu quarto. Cheguei e estavam todas as minhas coisas que guardo relaxadamente no guarda-roupa, no chão. De início me assustei, achei invasão de privacidade (mesmo sendo lembrado por elas todos os dias, à duas semanas, que seria feita essa geral no meu quarto), mas depois comecei à viajar nas tranqueiras jogadas pelo meu quarto. No meio das coisas encontrei muitas partes da minha infância e pré-adolescencia, que se juntaram aos pensamentos reflexivos da minha manhã. Cartas de ex-namoradinhas de escola, amigos e amigas, poemas, letras de músicas que escrevia quando estava começando à tocar violão, fotos da minha falecida mãe, ingressos de shows que fui…Um monte de histórias, que mal me lembrava mais. Fique um pouco emocionado, mas antes de deixar rolar a primeira lágrima (Mode emo “OFF), já estava na hora de ir para o trabalho². Então peguei minha marmita na geladeira, escovei os dentes e sai sem almoçar.

Quando fui pegar o trem, encontrei ninguém menos, que a minha primeira namoradinha, do prézinho! Meu Deus…Quase morri do coração. Naquela época eu devia ter, sei lá, 5 ou 6 anos de idade…Lembro que andávamos grudados um no outro na escolinha, e mesmo sem beijar, éramos o casal perfeito. Rolava toda aquela química, de casal infantil, e olha que só pegávamos na mão. U_U’ (sim, na minha época, crianças ainda tinham inocência). Nos comprimentamos na estação, e pegamos o trem junto. Ela estava diferente, cresceu, estava bonita (e com todos os dentes, já que quando nos conhecemos, estávamos na fase dos dentes de leite). Apesar de morarmos relativamente perto, nunca mais conversamos depois do pré. Perguntei para ela se a criança no seu colo era sua irmã, e ela respondeu : “Não, é minha filha de 1 ano e meio, e estou gravida de 3 meses, de novo”. Quase morri. Pensei comigo “Caramba, ela tem a minha idade, é praticamente uma criança, cuidando de outra criança”. Conversamos apenas por duas estações, pois ela desceu em Barueri, para levar o bebê no médico.

Realmente vi como as coisas mudam depressa, em um piscar de olhos. Crescemos, mudamos, temos responsabilidades, e um ato impensado pode mudar muito nosso caminho. Confesso que com tanta coisa acontecendo no mesmo dia, fiquei meio atordoado e muito pensativo. Pensei tanto, que peguei no sono, passei da minha estação e cheguei 45 minutos atrasado no trabalho. Mas foi bom. Não vejo a hora de chegar em casa, e fuçar nas coisas que as “garotas” mexeram de manhã. Só espero que não tenham achado minhas “PlayBoy’s”.

Um comentário:

  1. Um dia acontece, a gente tem que crescer! Msa leve só o que foi bom..

    ;D

    beijos

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